Um soneto de Camões e uma amizade sincera


Hoje eu ganhei este belo presente do poeta AMÉRICO PAZ, nada menos que um soneto de Luiz de Camões. Obrigada caro poeta, seu gesto nobre me deixa feliz.

Por um momento, lembrei-me de meu filho, ele insiste para que eu escreva textos inspirada em Byron, Shakespeare, e outros grandes poetas, mas os grandes são só para o deleite. Não sou poeta, sou leitora que ama os clássicos, jamais me atreveria a escrever algo inspirada em um desses grandes, me sentiria violentando a beleza. Basta-me as incursões que faço pelo mundo da simplicidade.  

Mas eis abaixo o belo soneto a que me referi no início.

Hull

 
 




"Ondados fios d'ouro reluzente,

Que, agora da mão bela recolhidos,
Agora sobre as rosas estendidos,
Fazeis que sua beleza se acrescente;
 
Olhos, que vos moveis tão docemente,
Em mil divinos raios estendidos,
Se de cá me levais alma e sentidos,
Que fora se de vós não fora ausente?
 
Honesto riso, que entre a mor fineza
De perlas e corais nasce e parece,
Se n'alma em doces ecos não o ouvisse!
 
Se imaginando só tanta beleza
De si, em nova glória, a alma se esquece,
Que fará quando a vir?Ah!Quem a visse!"
(Camões).
 




Óia só du qui eu tava falunu lá inrriba. Num é que cumpadi Catulo vei pra modi cobrá qui num vô lá?
 
Dê vortas nu tumulo Mr. Byron...



Dêxistá, cumádri mitída
Du Catulo sisquecêu!
Mecê enricô na vída,
I num alembra mai di êu!
 
Ieu vô fazê um feitíçu
Prá módi ti infeitiçá
Prá mecê num isquecê
Das amizádi di cá!

Catulo



Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 10/08/2010
Reeditado em 12/08/2010
Código do texto: T2430120
Classificação de conteúdo: seguro