Da série: Conversas com a mana Milla Pereira
BATI À SUA PORTA
Maninha, maninha, maninha!
Vim correndo te procurar,
Mas não te achei, queridinha,
Foste aprender a nadar?
Do jeito que aí chove,
Disto não vou duvidar
Compraste as nadadeiras
E roupas de mergulhar?
Cuidado com água suja,
Aonde o rato fez xixi,
Pra não pegar de lambuja,
Mais problemas por aí.
Ei mana,
desculpe a molecagem, mas você sumiu e eu vim ver por que você não apareceu.
Beijos, boa noite.
Manda um pouco da chuva pra Brasília.
Beijos,
Hull
Recado deixado no texto: Reflexões ao anoitecer - da poetisa Milla Pereira
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AS PORTAS ESTAVAM FECHADAS
Maninha ontem eu vim,
Aqui – bem calma e serena
Portas fechadas p’ra mim –
As suas e de Helena.
Tentei ainda um tempo
Mas as portas não abriam.
Pensei ser um contratempo
Dos muitos que aconteciam
Aqui – no computador
Ou em minha Internet.
Provocadas pelo horror
Dessas enchentes da peste!
Desliguei - não teve jeito
Pois há muito não dormia.
Ainda sinto os efeitos
Da maldita alergia.
Mas tudo está passando
Devagar, como Deus manda.
Minha vida vou levando
Vamos ver a quantas anda!
Mesmo assim não dou vexame
Pois não sou de me entregar.
Vou sair – marcar exames
P’ra minha cura completar!
Voltarei logo à tardinha
P’ra curtir este Recanto
Espere por mim, maninha,
Sabe que te amo – e tanto!
(Milla Pereira)
***