Um eu te amo

Encostou de leve os lábios no bico do seio direito. O calor da língua em contato com a pele fez com que endurecesse deixando os pêlos do corpo arrepiados. Sugava lentamente, sem pressa, como se dali tirasse algo que saciasse a sede do desejo que crescia. A mão descia displicente pela barriga, demorando no umbigo, brincando no ventre, onde apenas a calcinha impedia que chegasse logo ao sexo. Os quadris se erguiam devagar ao deslizar o dedo por cima do tecido por onde sentia a umidade e a pulsação do sexo. Na virilha, puxava de leve o elástico, acariciando devagar enquanto chupava agora o outro seio. Os corpos aconchegados num abraço quente, as peles nuas roçando o corpo, a calcinha puxada até na metade das coxas, lábios mordidos... “Chupa! Me chupa, vai!” E se demorava na boca, sugando a língua, aspirando arfante o calor da respiração entrecortada pelo bater descompassado do coração. E respondia sussurrando: “Ainda não!”, deslizando o dedo no sexo, buscando mais fundo a umidade para molhar o clitóris e ficar ali, com a ponta do dedo médio, sem pressa, masturbando no ritmo da pulsação, sentindo-a rebolando e gemendo, tocando o corpo de quem a amava com tanta devoção. “Vira de bruços, vira!”. E o sexo encostado no lençol a obrigava a abrir as pernas e a erguer a bunda. Num encaixe perfeito o sexo ia e vinha lubrificando, excitando, esperando que se oferecesse ainda mais. E num “me come por trás” a língua penetrava onde não se esperava enquanto o dedo ia e vinha no sexo que o comprimia fazendo sentir o orgasmo que se aproximava. O quadril mais erguido, as pernas mais separadas, o sexo indo e vindo no ritmo do outro corpo, trêmulo, rápido, mais rápido... Mãos segurando os quadris, corpo sobre o outro, pressão, pulsante, pulsa,...Aaaahhhh... Corpos suados caídos na cama, sorrisos,... As mãos não param e o corpo ainda pede e a boca traduz o pedido do corpo: “Ai, chupa logo! Me chupa vai!”. Devagar abraça as pernas e com a cabeça entre elas encosta a língua no clitóris, indo na cavidade e da cavidade para o clitóris, masturbando levemente no início e depois mais rápido até senti-la gozando na sua boca. E continua chupando repetindo os mesmo orgasmos cada vez mais intensos. A boca entreaberta à espera do beijo e as palavras eternizadas pela voz rouca ao dizer entre outros sorrisos um “eu te amo”.

Fabíola Colares
Enviado por Fabíola Colares em 21/08/2006
Código do texto: T221412
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