Vírus

Dói! E como dói!

É como se de uma hora pra outra um enorme

buraco surgisse onde antes costuma existir um coração.

Uma dor constante que de já tão acostumado a senti-la,

nem lembre mais de como era o antes.

Que dor medonha é essa que fere o já tão fraco ser

a cada novo fechar de olhos que devolve uma lembrança

guardada em segredo.

Que dor é essa que vicia por medo...

Medo de que ao encontrar-mos a cura para essa dor,

encontremos também o esquecimento das doces memórias.

Uma dor que nós mesmos nos causamos não medindo nossas ações.

Quando não nos protegemos devidamente desse vírus...

Esse vírus que chamamos de amor.