Degustar um Grande Amor

 

Gostaria de saber como degustar, sem machucar, o sabor e sentir o aroma que a faz transformar e eternizar a sensibilidade de uma flor e o ardente desejo de materializar o vermelho da cor que faz brotar um eterno renascer de amor de uma forma tão profunda e fluidificada.

Que em todos os momentos é perceptível que cada ser verdadeiramente amado pode levar e elevar a purificação de que o platônico não se alimenta de abstrações e sim de profícuas renovações onde o carinho e a pegada se fundem em uma harmoniosa melodia que nos faz navegar, amar e dormir. E ao acordar tentar amar ao próprio sonho transcendido e que confunde a realidade vivida de forma sutilmente crua, nua e tênue.

Uma desnuda nudez de essências do amor, nas suas mais diversas e inusitadas manifestações e fragrâncias que vai deixando os fragmentos dos encontros dos sumos, na interação da flor polinizada e alimentando de mais amar a contínua natureza vida.

Conseguindo desmistificar e estratificar o etéreo amor, colocando sua seiva na relva para acontecer e permanecer no orvalho de cada alvorecer.

 

Inimaginável realeza com o alimento que nos deixa aturdidos e comprometidos em melhorar a arte de degustar um grande amor e tentar profetizar a alegria a inundar os olhos com os choros e sorrisos de uma vida repleta as trocas de juras de amor sem esfriar e sim aquecer. 

 

Proliferar, apurar e renovar cada oportunizado dia em um degustar com irrecusável gosto da deliciosa fonte a jorrar mais e muito mais o que não sei decifrar, nem ensinar e sim simplesmente saborear esse grande amar.

 

Julio Sergio

Recife-PE.

(14.02.10)