CASAL QUASE PERFEITO

O casamento quase perfeito é a união de duas liberdades. Ele é livre. Ela é livre. Mas o amor é tão forte que os dois consideram a sua união um bem maior que sua liberdade, e renunciam a tudo para ter filhos e vê-los crescer com amor.

Não existe casamento perfeito. O máximo que o casal consegue é um casamento quase perfeito. Um casal chega a isso quando praticamente tudo entre os dois é harmonioso. Um sabe o que machuca o outro e por isso evita palavras, gestos ou atitude que ferem. Um sabe o que faz feliz o outro e busca exatamente aquilo para o cônjuge. Os dois se esforçam para errar o menos possível. Mas quando o erro acontece, por menor que seja, quem o cometeu sabe pedir perdão e quem foi vítima sabe perdoar. Tudo leva ao diálogo. Tanto o marido como a mulher são gentis e bem educados um com o outro, não importa se estão perto ou longe dos outros. Não há fingimento, não há faz de conta. Seu amor é tão claro que tudo que ajuda o amor a crescer torne-se lógico e natural. O casal quase perfeito tem pecados e imperfeições, mas as qualidades são sempre mais visíveis. Feitas a contar, os dois tem mais qualidades que defeitos, mais virtudes que vícios, mais acertos que erros. Não precisa suportar-se, porque se amam e sentem prazer de estar juntos. Os problemas normais da vida em comum parecem o preço justo que pagam para ter tamanho amor. E a vida se torna um bem curto e passageiro quando as pessoas se amam como eles, aproveitam tudo e aprendem com tudo. Até com suas pequenas brigas de reajustes. Exercício imenso de humildade, o casamento feliz consiste em dizer: “não posso e não posso viver sem você” e ai dos casados que não são antes de tudo, amigos e conselheiro um do outro. A sociedade atual supervalorizou os direitos da pessoa, em detrimento dos direitos da família. Por isso os casamentos andam tão imperfeitos. Tirar o máximo de prazer do outro e dar o mínimo necessário é um negócio. Está longe de ser uma decisão inteligente. E é exatamente o que muitos homen e mulheres fazem. Não servem um ao outro e os dois aos filhos servem-se um do outro. O divórcio moderno é uma instituição muito velha, tão velha, tão antiga quanto o casamento infeliz. Não tema ver com o autor mas com o desamor. Casar é algo divino, mas corre o risco de ser passageiro demais. Se faltar DEUS falta tudo... Sé tem chance o casal que fundou sua casa sobre rocha, nem vento, nem chuva, nem contratempo algum derrubou porque os construtores queriam que durasse. E souberam construi-la. É desses casamentos que o povo precisa. O casal imperfeito demais não resiste. O perfeito demais é uma farsa. Só o quase perfeito tem chance, é realista e sadio. Continua a trabalhar no casamento como se fosse a obra-prima de suas vidas, que só estará concluída quando um dos dois partirem para a eternidade. O casamento quase perfeito é quase eterno, só não é porque a morte existe.

Autor Desconhecido