EM AMOR AO OLEIRO DA VIDA

Existem pessoas que acreditam que para serem felizes precisam demonstrar o que têm em riquezas, influências e poderes materiais, bem como, o que não se têm, mas acreditam que tenham em suas mentiras alimentadas por seus imaginários. Já outras procuram o caminho oposto, mais simples e humilde. Não obstante, procuram renunciar o que têm ou ocultar... Assim, acreditando, tendo a certeza de descobrir através das sabedorias existenciais dos antigos sábios, as amizades certas, puras e duradouras. A bíblia é um bom caminho, não precisamos ser perfeitos!

- Eu amo aquele que se fez perfeito no simples, na intensidade da dor e na última gota de sangue derramada na cruz.

Vale salientar, que essas pessoas que preferem ser construídas da argila, são observadoras, seguras e conhecedoras dos verdadeiros valores e amores.

Já as primeiras, pobres primeiras! Essas pessoas não enxergam a si mesmas, não se valorizam, apenas prendem-se em suas carcaças físicas, muitas das vezes, suas carcaças estão belas, intactas, impecáveis e brilham feito “diamantes”. Porém não são! Bem como, não passam de vidros de espessuras finas, enganadoras e frágeis. Eles quebram fáceis e quando cortam, seus danos na carne e na epiderme são profundos e chegando até ser mortais quando atingem vasos sanguíneos...

Por outro lado, aquelas que preferem vestir-se e ao mesmo tempo, orgulham-se da beleza do “barro ou argila”, sabem quais são os verdadeiros valores do “oleiro da vida”, buscam mais o interno, pois dentro dos vasos de cerâmica escondem os ouros, os diamantes, os bons vinhos, as puras e frescas águas de beber, sendo elas, minerais e saudáveis. Antes, eu, contento-me em ser uma cerâmica do barro.

Todavia do puro barro ou argila, são construídas casas, peças de valores sentimentais e de uso diário para as famílias simples, humildes e acalentadas pelo oleiro da vida. Eles aprendem dar mais valor ao ser, ao invés do ter e consumir... No caminho oposto, os apegados aos falsos ouros ou diamantes de vidros, que são valores externos, incontroláveis, desmedidos, procuram refúgios em vitrines (pessoas) semelhantes em habitos... Nunca são felizes e saboreiam do olhar do oleiro. Pois através das suas buscas, isto é, dos falsos ouros e diamantes, acreditavam e acreditam que seus sucumbidos sentimentos e valores, são os núcleos dos diversos caminhos que levam aos sucessos e poderes, cegamente valorizados. Nunca foram boas escolhas! Entretanto, essas cegas e ingênuas pessoas insistem em acreditarem que ainda são os caminhos certos e curtos a serem percorridos para a felicidade e demais sentimentos puros.

Devido a isso, são infelizes, inseguros, buscam refúgio no material, que é a principal cobiçá de muitos. Assim sendo, elas lutam até conseguir... Mas quando conseguem, não valorizam as suas conquistas, ao mesmo tempo, diante das vairadas dores ou sofrimentos, descobrem que suas buscas não eram pelo poderes, riquezas e reconhecimentos através das joias adquiridas, entretanto, passam a entender que era apenas caminharem na direção do amor, da paz, compaixão, do ser e ter de forma simples e humilde, além disso, de outros bons sentimentos. Sentimentos que sempre estiveram dentro dos vasos de cerâmicas que o oleiro da vida, ensinou, ensina e sempre vai ensinar com amor e disciplina, que sentar-se diante dele e melar as mãos de barro.

Não queira ser mais esperta em relação à grandeza dos livros de medicina, direito, engenharia... Pois o OLIERO DA VIDA, era carpinteiro.

Louis Araújo
Enviado por Louis Araújo em 08/12/2012
Reeditado em 09/12/2012
Código do texto: T4025202
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.