O amor poético e a necessidade da mulher

O AMOR POÉTICO E A NECESSIDADE DA MULHER (Por Joacir Dal Sotto *)

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A vida em sociedade não é tão legal como poderia ser e o legal da total solidão é também uma farsa. O indivíduo precisa das pessoas para viver e através de si mesmo é obrigatório que sonhe, é obrigatório que ame. Quem fornece o seu coração para os outros é um tolo. É constante alguém sensível ser ferido, ser humilhado.

O inferno está nos valores que tentam nos impor. Uma mãe solteira muitas vezes é agredida quando escolhe pela liberdade, um jovem fica triste ao ser julgado como demônio quando escolhe pelo simples prazer. Dizem ao jovem que o amor com uma pessoa mais velha é um absurdo, dizem ao que já foi casado que a menina precisa de alguém puro. Muitos querem afundar o amor quando usam de comparações para opinarem na vida de quem nasceu livre.

Eu fico chorando e usando de drogas para ao menos diminuir toda dor. Eu sinto mulheres serem exploradas, eu vejo homens indelicados que acreditam possuírem a voz que comanda uma mulher descontente. Alguns ficam roubando todo o tempo de uma mulher e quando envelhecem ficam mais agressivos. É revoltante também observar uma mulher negar um amor diante o que os outros lhe falam.

Opiniões de amor são irrelevantes, o amor está em confiar, em desejar, em deixar o prazer acontecer. Uma nova mudança está para acontecer com a jovem mãe solteira que nunca envelhece, o que era antigo será mergulhado na fonte alimentada pelo jovem poeta. A distância é uma mudança que demora menos de três dias para acontecer. Toda a beleza é renovada no festival de acordeom que antecede uma noite intensa.

É provável que tenhamos que mudar o foco dos pensamentos e os sentimentos vão apenas surgindo. As palavras do poeta orientam uma deusa e a voz suave da mulher ao cair da noite é tudo o que existe de mais artístico. A mulher está livre dos conceitos entristecedores do mundo adulto, a mulher é dona do corpo para sentir um prazer que apresente o verdadeiro amor. Em nome do amor todo o resto do abismo é negado, o que permanece são coisas boas que já existiam antes do amor acontecer.

A ferida viva é algo que já faz tempo que cicatrizou. Tudo o que resta é a mulher e a sua liberdade, é o poeta e a sua loucura. Uma noite sem imposições é o que precisamos, uma noite de amor é o que já estamos provocando. Quando o lado triste gritar é o poeta que salva, quando o amor acontece é o poeta que prova que o amor existe na condição mais simples que uma mulher deseja e precisa.

* Escritor Joacir Dal Sotto, autor do livro "Curvas da Verdade" e colunista da página "Cura Mental e Espiritual 'Mestre Divino'".

Joacir Dal Sotto
Enviado por Joacir Dal Sotto em 06/04/2016
Código do texto: T5597134
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