Amor sublime

O amor de essência divina sofreu para se tornar libertador, esperou para se tornar digno, lutou para crescer entre videiras espinhosas através dos recursos internos transigentes do espírito em Ascenção. Ao chegar no patamar do sentimento sublime, entende-se que a condição de amar se faz a toda hora e a qualquer momento, pois como não amar aquele que sofreu tanto quanto você e que reflete exatamente as mesmas dúvidas, experimentos, dissabores e batalhas?

Se sentir o exclusivo mérito ao atingir uma conquista esperada, lembre-se que o irmão subiu e desceu nos caminhos da vida tantas vezes quanto você, e espera a conquista do mesmo tanto.

Não deseje glória somente a um ou a outro, amor não é pernicioso, egoísta, não se deve escolher a dedo a quem amar. Amor divino é diferente do amor humano pois não lhe cabe mais julgamentos inconstantes, não cabe mais o desdenho e nem o possuir.

Ao entender que o amor é liberto, sentimento vasto em plena expansão, entenderá que os passos no caminho poderão se divergir, porém serão sempre um só caminho unificado na verdade do andar divino da luz.

Libertar o ser amado sentindo alegria pelo amor sublime é divina conquista, permitir o crescimento, múltiplos pensamentos que não os seus é amar indubitavelmente, delegando sentimentos puros e perfeitos ao espaço e à todos ao redor. Não se refusa pedido enobrecido pois toda causa benéfica traz a ressurreição diária do espírito harmônico.

Ao contrário do amor material humano, o verdadeiro amor divino ama no frio e calor, no corpo e além, no discurso benevolente e nas não conformidades de pensamento. Fortalece a cada caminhar, se desprende do chão de lama alçando vôo à liberdade inteligente que trará sempre espaço no cosmo para andar e unir. Oportunidades de amar se tem todo dia, todo instante é o momento ideal de amar, deixar e unir. Constante aprendizado, pois não se perde, se transforma, se une, e constrói. Esse é o lema do amor divino universal.

João Coutinho 23/11/17