Uma mulher madura com um coração de menina

Ela é madura, mas também é uma menina. Passou dos trinta anos, mas nunca deixou que as suas responsabilidades de mulher deixasse estragar o seu belo sorriso de menina.

De noite ela se sente solitária, mas não se entrega fácil as paixões. Ela sabe que uma paixão pode machucar mais do que um soco violento. Mas não foi fácil aprender, ela primeiro teve que sofrer. Teve que apanhar, mas não uma surra física. A sua surra foi emocional.

Ela ainda sofre, não por fraqueza. Sua época de fraqueza já passou. Agora ela sofre por ter um bom coração. E melhor que assim seja, pois é isso que a define: uma mulher madura com um coração de menina.

Os dias passam e essa mulher fica cada dia mais forte e cada dia mais sorridente. Um paradoxo que só a essência humana pode criar. Essa mulher, que ainda é uma menina, já nem é mais um ser humano. Hoje, talvez, ela já pode ser chamada de um anjo. Um anjo sorridente, que por onde passa ilumina o caminho. E ela continua despejando sorrisos,

aquele mesmo sorriso de quanto tinha dez anos de idade. Por que afinal, o que vive no corpo desta mulher de mais de trinta anos é aquela menina de dez anos, que está sempre esperando para dar o próximo sorriso.