Na Janela a meditar

Quantas vezes a noite em claro eu findo
debruçado na janela a meditar!
Olho para  o infinito luzindo
Vejo estrêlas a beijar.

São amantes ,talvez no céu tão lindo
que juntinhas estão a sussurar
Fazem juras de amor ,talvez fingindo
Casando camufladas em algum altar.

Logo ali uma estrêla ciumenta 
Se despenca do espaço e foge lenta
da cena que se passa no  universo.

Mas quando surge o sol brilhante
os amantes ,fugindo do gigante
deixam ali de amor um simples verso.

Rubens