PRESENTE DE ANIVERSÁRIO

Geralmente o dia de nosso aniversário é o dia mais especial do ano, é para mim não é diferente, mas como na minha vida é comum ,esse dia também não poderia ser.

Não tenho namorado, mas é aquela história, solteira sim, sozinha nunca, pois bem chamei meu ficante fixo, para sair comigo neste dia. Decidi por um lugar tranqüilo, a beira da praia, numa terça-feira, ao entardecer seria o ideal, para uma pegação e comemorar meus vinte e quatro aninhos( tô ficando velha hem!)

.Como era de se esperar, ele se atrasou devido ao transito da província (Vitória, Espírito Santo), então sentei num banco, no calçadão, pra pensar na vida e olhar aquele entardecer maravilhoso.Fiquei ali no meu silencio, pensando em alguma coisa que agora me foge a memória, até um homem com aparência normal, para sua bicicleta na minha frente, bom lembro que só deu tempo de pensar: fudeu, vou ser assaltada.

O cara parou, perguntou meu nome, estendeu a mão, e eu solicita estendi a minha, qualquer movimento ali poderia me fazer fica numa situação pior.Ele deu um beijo em minha mão, depois perguntou se eu tinha namorado, e se podia me fazer companhia, respondi que estava esperando meu namorado, e que se ele não se importasse de apanhar dele poderia me fazer companhia.

Ele sentou-se ao meu lado, começou a recitar aquelas poesias de criança quando aprende a fazer rimas, depois vira pra mim e pergunta, se eu não gostaria de ser a presidenta do Brasil, virei e disse que isso não estava nos meus planos.

Então ele começa a falar que era um alienígena, que não era para eu ter medo, que havia viajado o mundo, me segurei para não rir, ai resolvi entrar na dele, dizer que em casa criava dois alienígenas( referia-se aos meus cachorros).

Perguntou-se eu tinha filhos, respondi q tinha três, ele disse q tinha quatro, com a cara mais lavada, virei para ele, e disse q legal, temos quase um time de futebol de salão.

Não satisfeito, vira o cidadão, e me fala: ah se eu te pegasse..., eu já estava cheia daquele assunto sem noção, virei e sem nenhuma cerimônia e disse: você não é doido de fazer nada, porque não queira que eu abaixe o nível aqui, porque você vai pedir para ver o demônio ao invés de querer me olhar.

Ai ele resolve completar a frase dele Ah, se eu te pegasse, te levaria para o nordeste para aprender a falar com aquele sotaque. A minha paciência foi para o espaço, junto com aquele alienígena, só sei que virei para ele, e disse : Todo ser humano tem direito aos seus cinco minutos de besteira, os seus já passaram, vaza daqui...acho q ele se assustou comigo, subiu na bicicleta e sumiu pelo calçadão a fora, e eu fiquei ali curtinho a bela praia rindo do alienígena brasileiro.

A Confessora
Enviado por A Confessora em 30/01/2010
Código do texto: T2060101
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