Amores imperfeitos

Há alguém que eu não conheço, mas que eu fui capaz de magoar.

Alguém que as palavras eram belas e num momento de sinceridade perderam toda a magia.

Há alguém que eu quis arrebatar para o meu mundo imaginário, onde tudo é belo mesmo sem se ver. Onde as pessoas devem confiar incondicionalmente umas nas outras, para que os limites do irreal não sejam rompidos. Um mundo onde se desafia a amar de olhos vendados, sem deixar que a curiosidade desvende os segredos que alimentam o mistério da existência anônima.

Há alguém que eu “perdi”, por pensar que o meu jeito físico de ser fosse menos importante do que as palavras que me fazem viver neste mundo louco e contraditório.

Há alguém que eu queria perto de mim e em minha vida propriamente dita. Porém, seria querer demais pedir para que tudo fosse perfeito, num mundo onde os espinhos parecem ter mais relevância do que o exalar das rosas.

Há alguém que eu quero pedir desculpas, mas que não vejo os olhos para demonstrar a minha sinceridade. Infelizmente, a geografia (e a física) do meu mundo imaginário ainda não encontrou um jeito de extinguir a distância material entre os corpos. A matemática (e a biologia) do meu pequeno recanto irreal ainda não descobriu a fórmula para se amar sem se ver.

Num mundo de sonhos coisas impossíveis deveriam acontecer. Se não ocorrem é porque talvez não existam coisas totalmente impossíveis, muito menos mundos completamente irreais.

Enquanto esses amores imperfeitos persistem em inundar-me de vez em quando, a vida passa e, embora não pareça, é nesta vida louca que eu vou me sentindo a pessoa mais feliz do mundo!

Há alguém que eu amei durante alguns milésimos de segundos e que eu poderia amar a minha vida inteira... Se não fosse o dever me convidando a sair da frente do computador.

BEM VINDO AO MUNDO REAL!

Lugar onde você pode exercitar sua imaginação, mas sem se esquecer dos compromissos do dia seguinte!!!

Adrianas
Enviado por Adrianas em 01/04/2008
Reeditado em 02/04/2008
Código do texto: T926492
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