Tá Indo
O vento sopra sua brisa por cima do meu amor, que chegou e já quer partir de mim
O vento leva tudo que eu não posso ter, ou o que eu não quero, espero
O vento sopra leste, quase inconteste, sem dá muita tese pro que falo
Me diz que é o melhor pra mim e eu aceito, como sempre faço, eu acato
A chuva molha sempre com fulgor e apaga um amor que ainda nem fumaçava, só esquentava o coração
A chuva, que é como o verão, vem e vai embora até outra estação
E leva todo o sofrimento e esse lamento não mais razão de dor
E como uma coisa derrepente, a chuva da gente nunca me molhou
Forte, como quem não sente nada
Triste, como alguém desesperada
Morte pelo certo, pelo grande do universo
Morte a todos os corações pecadores e cheios de razão
Grato pelo bem que me fizeste, pela prece que ao certo propuseste sem o meu saber
Feliz por ter notado a cegueira, toda falta de maneira, culpa, asneira
Fato isolado em minha vida, que vai dessa sem temer o que é de lá
Como um coração espatifado, colocado em um saco e devolvido pro quinhão