VALE DAS LAMENTAÇÕES

Qual vale se lamenta no campo

quando cai a chuva em pranto sublime,

chora o coração ofegante de um triste !

O lamento, em tom de tormento,

Acaricia o ego ainda quebrado

da perda sofrida, do choro velado

A dor as vezes é maior do que a realidade

mas como doi esta verdade em mim!

No Vale das Lamentações deságua um rio,

que de encantos que quase se apagam,

se solidificam no apagar sombrio das luzes!

As sombras, obscuras da noite, ao chegar

denotam sua dureza, tristeza!

Mais duro que a morte, a sorte

quase nunca me procura,

enquanto as feras sombrias, incontidas

esmiuçam o pouco que resta desta perda

Mas ainda que o luto pareça,

A vida me chama de volta, e eu venho!

A sorte, antes perdida, vem forte

E ainda que com chamas de destruição

Eu as anulo, destruo e volto

Como com força encontrada no nada,

no mesmo " Vale de Lamentação!

misael
Enviado por misael em 07/12/2006
Código do texto: T312141