Acabou zé...

É amigo Zé, voltei para o fundo do poço! Caí de forma brusca e violenta, machucada e ainda sangrando choro com a dor do impacto da queda, foi sem esperar Zé, como esperar de quem muito se ama? Não esperava que quando eu estava prestes a sair, ele iria cortar a corda e me deixar cair assim! Cá estou eu novamente! Como já te falei e já ouvi antes, quando estamos no fundo do poço procuramos um meio para poder sair, é difícil, mas não impossível, mas de tanto tentar e cair, eu comecei a gostar daqui e acredite Zé, dá até pra curtir essas pedrinhas que o constrói e reinventar a vida aqui mesmo, começando aos poucos sem pressa, sem agonia, porque sinceramente Zé, minha bússola por qual sou comandada, está sem norte, ainda não me levantei, estou aqui deitada nesse chão frio, que nem é ruim porque esse frio é bom, ruim mesmo é a frieza humana! Estou aqui repensando, revivendo, desatando o ‘nós’, esperando em prantos essa dor passar, dor nostálgica, dor gritante e silenciosa ao mesmo tempo, que ofusca o brilho do sorriso e do meu olhar, que corrói e causa um buraco enorme em minha alma, esperar para que aos poucos, a ferida cicatrize e vire tão somente uma marca triste da alma, tempo Zé, porque não é simples assim aceitar o fim e acabou!

Tudo teve fim e o que era tudo se torna nada! Acabou a espera, acabou a volta prometida, promessas foram desfeitas, acabaram as esperanças de um ‘nós’ que só existiu para mim, acabou a nossa história, ou uma parcela da minha. Página em branco agora, fundo do poço, recomeço com tropeços, tentar erguer a cabeça e seguir Zé, agora me pergunte: -‘ como pequena?’ Nem eu sei!! Nem eu sei Zé! Mas tenho que tentar, não deixei de ser forte, só não dá pra ser o tempo inteiro, preciso de tempo para poder me acalmar e aos poucos buscar a recuperação, 1 mês, 2, 3... 1 ano, não sei, vamos esperar, vamos esperar e recuperar pelo menos o brilho que possuía em meu olhar, porque o sorriso e a crença no amor do próximo, a confiança no ser humano, hoje é algo cada vez mais raro e difícil de ser ter! O mundo está cruel, Zé! As pessoas são cruéis e eu? Eu talvez seja apenas uma garotinha, que tenha muito e muito a aprender e viver!

Taísla
Enviado por Taísla em 31/07/2014
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