Consciência cauterizada

Essa doença vem lá do espírito, além do além.

Deus me perdoe, mas até parece falta de prece,

prece que preste, ao ouvir anjos dizendo: Amém!

Então me pergunto: Será que existe inferno além?

Não basta Senhor? Que horroroso horror de palor!

Licença poética? A coisa é mais séria, é falta de amor!

Septuagenário, tomo a liberdade, sem me importar com idade,

desde a mais tenra infância, despojado de qualquer saudade,

lembro muito bem quando meu velho pai me mostrava

os mesmos políticos psicopáticos, quiçá, degredados

da velha e pomposa Europa. Assim me dizia:

Filho querido, não olhe em seus vestidos,

tampouco, seja louco de ser abduzido

por pensamentos insanos desses

seres hipócritas e profanos.

E os calhordas com gravatas de corda às bravatas

a lhes enforcarem também, nada sentem em suas

consciências cauterizadas, risos, risadas rasgadas

ao repetirem à papagaios sobre seus podres galhos:

Pagando bem, que perigo tem?

Vil prazer de fazer o mal,

coisa de mau político,

porém, real. Como pode o ser ser tão hipócrita

e satânico ao se dizer santo inocente com frieza

quente ao ser crente em sua clemente inocência?

Ressurge, bostejando em suas audiências, refertas

de mentirosas promessas, para depois, roubar o pão

do famélico irmão, quiçá, roubá-lo até em suas ofertas,

àquelas de suas quermesses, de padecimento padece,

crença que o Poderoso avença, tal tamanha inocência.

Poder maléfico a carregá-lo à mais vil profundeza.

É de dar nojo nojento de gente tão doente, nojo

nojento pra ser bem forense. Asco com vômito

sobre seus rachados cascos pleonásticos.

Cômico, se não fosse trágico sobre

o vômito miasmático só pra ser

prático, outra vez pleonástico.

Consciência cauterizada

donde o seu bode

fede e pode

dar

gargalhadas fétidas

de suas eminentes

palhaçadas

aparentes;

que coisa mais

engraçada

e tétrica!.

Excelentíssimas Excelências,

deidades emporcalhadas,

enxovalhadas de dramas

ao chafurdarem nas lamas.

Objetos de seus próprios dejetos

O povo aplaude após enrolado literalmente

pelas garras do sugador polvo da dor.

Sanguessuga qual suga o exangue

e simples eleitor trabalhador.

O trabalhador não despende de tempo

para pensar no mal, conquanto,

esses malfeitores, atores

do mal, anunciam

seus desamores,

esbórnias,

bacanais

imorais

amores

até na TV

pra gente

que sente

poder ver.

DEMO=DEMÔNIO

CRACIA=GOVERNO

Quem tem entendimento, entenda.

jbcampos
Enviado por jbcampos em 10/04/2018
Código do texto: T6304819
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