Apanhando sozinho

Parece uma queda livre, uma coisa que não sou capaz de suprir, de aguentar, de parar. Eu estou apenas caindo, voltando para o chão que eu me arrisquei sair. Valeu a pena, cada momento, cada segundo, cada experiência, cada convivência voando e vivendo neste planeta que agora esta explodindo em várias partes, esse planeta que ja suportou várias bombas e explosões, porém dessa vez ele se explodiu de vez. Já não há mais plantas, não há mais vida, não há mais suprimentos... A única coisa que restava era amor, e de amor ninguém vive, né?

Este é o fim, sabia? Porque o fim é o mesmo do começo, acontece quando não planejamos, acontece de súbito, as melhores coisas são assim. Talvez esse seja o melhor fim, porque foi espontâneo, assim como as fotos.

Quatro anos construindo, e em segundos foi destruído. Não há culpa de ninguém, ninguém tem culpa de nada, aconteceu o que deveria ter acontecido, nós apenas acreditamos nas coisas e queremos que elas dêem certo, é a natureza humana, porém isso já não é mais algo humanamente entendível, até porque só eu e você entendemos. Enfim, meus 15 anos de boy that’s over, baby.

Talvez eu te encontre em Montauk, ou talvez não, mas como disse anteriormente, as melhores coisas são espontâneas, então vamos continuar a viver como se nada disso tivesse acontecido, conhecendo novas pesssoas que futuramente possam - e eu espero que sim - nos frustrar tanto quanto nós dois nos frustramos.

Almacante
Enviado por Almacante em 01/12/2020
Código do texto: T7125378
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