03 de Maio... Dia da mãe

Dedico por inteiro e com todo o amor de filho, este Dia da mãe à minha que já faleceu, e a todas as mulheres que tiveram a dita de ser mães. Á minha, por ter-me dado a vida e tudo ter feito, para eu saber dar o devido valor, à mais bela palavra que define um dos sentimentos mais belos… O AMOR.

Citando Camões:

Alma minha gentil que te partiste,

tão cedo desta vida descontente.

Repousa lá no céu eternamente,

viva eu cá na terra sempre triste.

Esta quadra, do belo soneto de Camões, quando a leio, sempre me faz lembrar, que minha querida mãe partiu.

Ela foi mãe, mestra e protectora, sempre colocando minhas necessidades em primeiro lugar, num espantoso exemplo de sacrifício maternal.

Não é pois de admirar que este amor cimentado pela ausência, me faça escrever estes poemas que me saem naturalmente do coração.

Se na verdade, memória desta vida se consente, lembra que teu filho ainda hoje derrama lágrimas de dor e saudade.

Sra. Joaquina Afonso Lopes Basílio Ferreira.

- Nascimento 28 de Agosto de 1909

- Falecida a 23 de Março de 1993

Querida Mãe, um recado para ti

Mãe...

Ouve este gemido e este lamento.

Teu filho a vida, está a viver...

Esta saudade que tenho é tormento,

porque tua ausência me faz sofrer...

Mãe...

A tua palavra meiga ao deitar,

esse teu carinho desvanecido...

Teu alegre bom dia, ao levantar.

Ah! Como era feliz por ter nascido...

Mãe...

Por que chora meu pobre coração?

Eu sou homem e luto para viver...

Em menino era a tua devoção,

e deste o teu carinho, para crescer...

Mãe...

Querida... como todas as mães da vida,

porque choro, se Deus te quis levar?

És sempre presente e nunca esquecida,

és imagem que sempre vou amar.

Mãe... olha o teu filho.

De menino a homem a idoso,

sempre lutei pelo bem, que me ensinaste;

Fui sempre leal, bom e carinhoso,

nessa estrada certa que me criaste...

Mas olha o teu filho ó mãe...

Estou por agora criando beleza...

Sou um homem que não se realizou.

Mas tenho em mim esta grande riqueza,

destas mãos saem... tudo o que eu sou.

É verdade ó mãe querida...

Eu não soube, amontoar a riqueza,

bens materiais me escasseiam na vida...

Mas criaste carácter de firmeza;

Só por isso, nunca serás esquecida.

Obrigado... ó mãe.

Olha estas lágrimas... são teu presente;

Oferece a Jesus, junto com as tuas...

ELE decerto ficará contente,

teu filho vagueará por estas ruas...

Beijos etéreos... Querida mãe.

Um dia, quando Deus quiser, irei dizer-te este poema minha querida mãe.

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 30/04/2009
Reeditado em 01/05/2009
Código do texto: T1568936