AS MESMAS VEREDAS
 
Para Maria Luiza.
 
Usando da imaginação e dando uma volta ao passado, é bem provável e possível que tenhamos trilhado os mesmos caminhos, as mesmas ruas, e as mesmas veredas em nossas desconhecidas vidas. Acredito até que já tenhamos nos cumprimentado, tu com um sorriso gracioso e simples, e eu com aquela minha reverência de um executivo apressado e jovem.
Atualmente estamos passando silenciosamente pelo tempo, eu já bastante envelhecido e promovido de executivo a poeta, e tu apenas te deste ao trabalho de ficar mais linda e graciosa. É assim que atualmente eu te vejo como um poeta, pois tu conseguiste levantar do meu inconsciente, lembranças maravilhosas da minha longínqua juventude. O amor que um dia a gente alimentou por alguém, como compensação ou consolo, nos deixa na estrada do destino um protótipo para as saudosas lembranças. Na minha juventude alguém já foi “Deusa Viking”, “boneca Barbie” e outros apelidos carinhosos que gostava que fossem assim. Agora, tu como uma “Fênix” ressurges das cinzas do passado, foi por isso que tu me chamaste a atenção, talvez tu sejas a “Deusa Viking” rediviva. O que escrevo é apenas uma reverência que te devia, pois a tua beleza, o teu sorriso e os teus cabelos de furioso ouro, me fascinaram e me jogaram nas brumas do passado.
Quem tem um sonho é mais feliz do que aquele que possui todos os fatos.


Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 20/03/2010
Reeditado em 22/03/2010
Código do texto: T2148865