FIN ADOS

Eu sempre achei que poderia controlar meu destino. Mas me enganei.Não se controla o destino, tampouco o seu próprio.Somos conduzidos pelo fio da vida sem saber até onde vai. Pode ir longe, pode terminar agora.Ninguém realmente sabe.Quando.Como.

Melhor viver sem pensar e continuar a fazer planos.Viver sem olhar para os outros. Esquecer dos amigos. Deixar para trás aqueles que não servem mais. Atrás do lucro. Vontade insaciável de ter tudo. Mas o tudo na verdade é bem pouco. Bem pouco é necessário para ser feliz. Bem pouco, mas muito difícil de alcançar. Uma risada, um abraço, ter alguém que te ame, que esteja com você.

O mundo gira e nos faz acreditar que precisamos daquilo que não precisamos. Não que não seja bom ter um carro novo, viajar de avião, fazer cirurgia plástica. Mas sempre se quer mais e se despreza os que têm menos. Não sou o que sou, sou o que tenho. Queremos sempre mais, quero só pra mim. Vamos seguir em frente, pouco importa se está certa a direção.

E a vida está logo ali, no vaso, na gaiola. Está lá todo dia pedindo para ser vivida, só isso. Mas sua fragilidade e finitude só são percebidas quando o primeiro punhado de terra cai ao chão. E o que fica é o retrato de alguém querido que não vai mais voltar.

Mariana Montejani
Enviado por Mariana Montejani em 02/11/2011
Código do texto: T3312855
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