Saudade da Bahia

Quero comprar queimado,

chupar umbu, comer punheta (bolinho de estudante) melecado no açúcar e canela, tomar caldo de sururu no Mestre Gar e para arrematar tomar tubaína.

Comer várias duzias de lambreta com cerveja bem gelada me deliciar com o feijão de Elizete minha mãe.

Degustar um acarajé no Rio Vermelho de Dinha, Regina ou Cira todos são maravilhosos.

Tomar banho de mar no mar azul de Pituaçu rever a lagoa.

Ver o Rum, Pi e Lé tocar a noite inteira em homenagem a Oyá e Oxum com suas danças divinamente linda, com seus cânticos sagrados em Yorubá.

Sentir na veia a negritude da minha gente, da minha terra porque negro é gente, é quente, é calor humano em todos os sentidos, que mais posso dizer?

Saudade, saudade e saudade.

Clara de Almeida
Enviado por Clara de Almeida em 29/12/2011
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