Desilusão...

O tempo escorre pelos vãos de meus dedos, escapam, e com ele, pessoas, momentos e coisas...

Passam pela minha vida, e eu queria segurá-los, mas não consigo... E morrem...

E essa morte me dói, por não ter de volta...

Não ter de volta aquela criança que nem sabia se era feliz, mas acreditava que o mundo era todo seu...

Não ter de volta aquele amor utópico, avassalador, que poderia sustentar, esquentar e proteger...

Dói, por não acreditar mais nos sonhos que nutria, e que, certamente, se tornariam reais...

Como a vida real assusta os desavisados!

Como o mundo surreal das minhas ilusões não sustenta?