Sempre procuro você

Há meses,

Há dias,

Saio de casa e parece que esqueci algo,

Já sentiu algo assim?

Sempre estar da dúvida do que se esqueceu,

Ando pelas ruas buscando uma coincidência,

Quando pequena,

Eu sonhava que esquecia,

As vezes a mochila,

As vezes o calçado,

Era tão ruim acordar destes pesadelos,

Mas há tempos,

Estou assim todo dia,

Me agarrando na escrita,

Na leitura,

Pra tentar lembrar algo que esquecia,

Já sentiu como se estivesse nú?

Sim, no meio de estranhos,

É assim que eu me sinto,

E não tô falando mais de sonho,

Eu já provei o desamor,

Mas não me lembrava que tinha esse sabor,

A garganta sempre entalada,

As coisas sem cor,

Um esforço constante,

Pra não desistir,

Não parar de sorrir,

Continuar à sonhar,

E aguardar seu olhar,

Fechar os olhos,

E sentir seus lábios,

Macios e quentinhos,

Eu trocaria o respirar,

Só pra te beijar,

Sentir as pernas fracas,

O corpo anestesiado,

Observando a destreza que você tem em amar,

Sem pressa de acabar,

Os sentidos já não obedecem,

Pois meu corpo já não era meu,

Era tão intenso,

Que ele se juntava ao seu,

E quando acabava,

Ele vibrava inteiro,

Querendo de novo,

Fazer parte do seu show,

E então seus beijos,

Com meu gosto,

Com meu cheiro,

E de novo, e de novo.

Pri Sanchez
Enviado por Pri Sanchez em 08/08/2023
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