Ética Budista: Os Cinco Preceitos

Os Cinco Preceitos

“ A Ética Budista”

Na mente iluminada não há esforço, não há meta.

Tudo que precisava ser feito, foi feito.

A existência é pura e espontânea, sem impedimentos e dor.

Para os seres iluminados não existem preceitos a serem seguidos.

Eles são os preceitos vivos em pleno esplendor.

Podemos seguir os nobres com confiança.

No papel as virtudes são representadas por palavras.

Contemplando estes seres, elas podem ser vistas diretamente em sua pureza.

Buda e outros iluminados já são a encarnação das virtudes que buscamos.

Realizaram o que havia para ser realizado, em outras palavras chegaram onde todo ser deverá um dia chegar. Budas e bodhisattvas não têm que sacrificar para serem o que são.

O corpo deles é o puro Darma.

Nós, serem iludidos, ainda precisamos de muitos mapas e de esforço para manter os preceitos. Os Cinco Preceitos e todos os ensinamentos escritos são mapas.

A função dos mapas é indicar a direção a ser seguida.

Importante saber que decorar mapas não é o mesmo que percorrer o caminho.

Não matar, não roubar, não mentir, não ter má conduta sexual, não se intoxicar, tudo isso são palavras. Ler ou meramente memorizar palavras são significa nada.

Ser o ensinamento em pessoa é o correto, isto é melhor que ser mero papagaio que repete palavras sem saber o que diz.

Quando alguém me indaga se sou praticante budista, logo me vêm à mente estas cinco prescrições, básicas para o progresso espiritual de qualquer um.

Então me pergunto: Tenho nome de Darma, roupas budistas, sou visto em cerimônias e até falo sobre budismo. Isto e suficiente?

Cinco Preceitos- o que estas palavras querem dizer?

E claro que dizem algo, acessível a qualquer leitor ou ouvinte, mas o ensinamento em sua profundidade vai além do que entendemos a partir destas palavras.

Hoje em dia podemos observar que o maior contingente de presidiários é composto por pessoas que mataram, roubaram, falsificaram, cometeram violência sexual ou se envolveram com tóxicos. Estas transgressões são as mais visíveis e por isso são condenadas pela sociedade. Mas todo ensinamento tem o significado mais aparente e o profundo, pouco notado, vejamos:

• Estarei praticando o assassinato se mato a alegria e a paz dos outros,.

• Posso, inclusive, estar matando a mim mesmo (suicídio de longo prazo) ao não cuidar adequadamente da minha alimentação, trabalho e repouso, ou estar levando as pessoas a encurtarem suas vidas, oprimindo e explorando;

• Estarei praticando a pilhagem toda vez que recebo algo por empréstimo e não devolvo, ou devolvo danificado (roubo a integridade do objeto);

• Posso tornar a mentira como meio de vida, ao trapacear, induzir ao erro, bajular, fingir sentimentos, e aparentar virtudes com propósito de iludir.

• Estarei entorpecido ao abusar de distrações.

Saber os Cinco Preceitos e lembrar de que não são só palavras, mas condição essencial para evoluir na prática é muito importante. A cada momento fazemos escolhas: dizemos “sim” ou “não” a cada piscar de olhos.

Que escolhas fazemos?

O não escolher é uma escolha.

Mente atenta, alerta, pois toda decisão pode ser um abrir de portas, a porta “do céu’ ou a “do inferno”.