PERDOANDO COMO JESUS PERDOOU

PERDOANDO COMO JESUS PERDOOU

- Mt 18:21-35

INTRODUÇÃO

A palavra usada em hebraico “Seliha” em Salmos 130.4 e Daniel 9.9, é empregada como sujeito e indica o perdão que os homens podem receber da parte de Deus, o único que pode perdoar. Desta forma, podemos de imediato concluir que só podemos perdoar através de Cristo agindo em nossas vidas. As palavras usadas nos originais deste Texto MT 18:21-35, a palavra no grego “Ápheso” para perdão, tem o significado de cancelamento de uma obrigação, de libertação. Daí, perdão de pecados. Três vezes era o número considerado normal de vezes para perdoar, por isso, Pedro perguntou ao Senhor, Quantas vezes teriam que perdoar, então, o Senhor respondeu setenta vezes sete dando idéia de sem limites para perdoar.

PERDOANDO COMO FOMOS PERDOADOS

Fomos perdoados de forma incondicional por Deus, ou seja, não nos transformamos em bonzinhos e depois fomos perdoados, ou ainda, o perdão do Senhor não está condicionado a nossa aceitação ou não, Rm 5.8. Ao morrer, sabia que nem todos aceitariam seu sacrifício, e sendo assim, não seriam salvas. No entanto, neste texto central de Mateus, o Senhor nos chama a atenção para o tamanho de nossa dívida. Alguém devia dez mil talentos, sendo que em nossos dias um talento valeria algo em torno de mil dólares MT 18:24. Sendo assim, a dívida perdoada girava em torno de 10 milhões de dólares. O que fez o credor perdoar a dívida foi a atitude de humilhação, de reverência, em fim, com sua atitude conseguiu o perdão de uma dívida impagável. Logo em seguida esta pessoa que teve sua dívida perdoada, encontrou um de seus devedores, que pela conversão da moeda aos nossos dias, lhe devia o valor de um dia de trabalho à época, ou seja, 18 dólares. Mas embora o seu devedor houvesse tido a mesma atitude de humilhação, não o comoveu. Sendo posteriormente condenado por uma dívida que já havia sido perdoada. É o que Deus nos fez, nos perdoou uma dívida impagável, e muitas vezes nós guardamos mágoas e rancor em nossos corações, por não sermos capazes de perdoar, mesmo sabendo que em Cristo temos condições de perdoar, deixamos que pecados já perdoados por Deus, interfiram em nossos relacionamentos com as pessoas por falta de perdão. Em alguns casos, Deus como soberano Senhor, já perdoou a pessoa. Contudo, nós, que somos falhos, insistimos em não perdoar.

PERDÃO NA PRÁTICA

O perdão é um ato Divino, que resulta no perdão do transgressor humano. O Perdão de pecados é uma prerrogativa divina, Salmo 130:4, um perdão pleno e eterno é oferecido a todos em Cristo Jesus, através do arrependimento, e na crença no Evangelho. Tanto é verdade, que promove uma verdadeira mudança na vida e na alma e não é somente uma profissão de fé. At 13:38-39: I João 2:12. Os crentes devem perdoar àqueles que os ofendem, e perdoar não é esquecer, mas uma atitude movida pelo Senhor e deve imitar o ato divino quando nos perdoou. Lc 17:3,4. Isso precisa ser feito, pois, de outra forma, não podemos esperar que o Senhor os perdoe, MT 6:12-15: 18:15-35. Mas aqueles que retem o ódio em seu coração está longe de ter endireitado os seus caminhos diante de Deus, e assim continua levando o seu pecado. Por outro lado, aquele que foi verdadeiramente regenerado possui a atitude de perdão, como uma de suas qualidades essenciais.

O PERDÃO, UMA ATITUDE ESPIRITUAL

Em 1 Coríntios 2:15, diz que o homem espiritual julga todas as coisas, e isso inclui o ato de perdoar, mas não no sentido se decidir, se perdoa ou não, e sim,como crendo ser a única atitude cabível a alguém que se julga regenerado. O perdão é um ato no qual, a pessoa ofendida permite que o seu ofensor fique livre, esquecendo-se, então, da ofensa. Deus quer na maioria dos casos, embora nem sempre, que o ofensor se arrependa e que haja reparação pelos danos causados, sempre que isso for possível.

CONCLUSÃO

O perdão para os pecados dos crentes depende diretamente do sacrifício de Cristo na cruz, e está diretamente vinculado ao arrependimento, à fé ou à confiança em Cristo. O arrependimento e a fé servem de meios para o perdão, o mérito nunca é humano, mas somente de Deus. Isso nos leva a concluir que, baseado no que relata o apóstolo Paulo em Efésios 4:6 “Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos”. O perdão é impulsionado por Deus agindo no coração do homem, então, diante de uma ofensa, por mais dura que seja todos os cristãos já têm a capacidade de liberar perdão, mas, isso, lógico, vai depender do grau de intimidade que o crente tem com Deus. Ao liberar perdão, somos abençoados pelo Senhor ao mesmo tempo abençoamos nossos ofensores com a libertação da culpa. O perdão libera o ofensor no mundo espiritual, ao mesmo tempo em que o ofendido é premiado pelo alívio de ter ganhado seu irmão, por um gesto inesperado.