MEDITAÇÃO DE UM POETA PEREGRINO

O poeta olhava o infinito azul. Sua fé em Deus confessava ao seu coração, a existência daquele Ser infinitamente poderoso. Aquilo lhe trazia a alma o acalanto da eterna Palavra Criadora. As profundas meditações angelitas se arranjavam num arcano pensamento. Uma anaclisia fazia parte da sua inquietação de alma, se via num ambívio sem rumo certo, contudo num infrato de espírito se apoiava no mais poderoso cetro, crendo que tal internúncio lhe traria um arreglo insólito, visto tratar-se do Magnânimo Onisciente. Nos férteis pensamentos meditativos, desejava saber icônicas notícias vindas por meio de alguma missiva celeste.

E o céu recebeu seus pensamentos!

Mesmo numa abulia espiritual; com um algor indesejável, a força de sua mente alcançou o ponto alelútico do alto; não se passou mais que três horas, eis que o analécto de um ático Divino chegava em suas mãos. Ao lê-lo avivaram-se suas divagações, buscando depois daquilo, numa estremada inspiração, dulcíloquas palavras para responder com divícias, ao Ser, morador no ignífero híade celeste, uma mensagem num papel com perfume do almiscar, que também seria uma forma de louvor de um atilado Peregrino cristão!