SEM FÉ NÃO SE AGRADA A DEUS

Você se considera uma pessoa de fé? Acho que o “sim” será a resposta da grande maioria de nós, os que cremos em Deus e recebemos a Jesus como nosso salvador pessoal. Pergunto: isso é suficiente? Afirmo que não. Não foram poucos, infelizmente, os que fizeram sua profissão de fé, se batizaram em nome da Trindade santa e se dispersaram pelo caminho.

“Sem fé, é impossível agradar a Deus...”, lemos em Hebreus 11:6, porque, sem o convívio diário com o Mestre, sem a Ele estarmos ligados pelos laços de fé, não teremos forças ou condições de cumprir a carreira, meta do cristianismo, de proclamar o evangelho da salvação e levar almas para Cristo, até o final de nossos dias, nos mantendo salvos.

Se Estêvão, apedrejado pela sua vida de fé, não tivesse se firmado na rocha que é Cristo, teria sido poupado, mas, em contrapartida, estaria longe de ser exemplo de confiança para todos nós. Se os apóstolos de Jesus e os notáveis do Novo e Velho Testamento, tivessem se desviado do caminho, não seriam, apesar das falhas humanas, modelos de santidade até os dias de hoje e o serão até a consumação dos séculos.

Será que temos uma fé de “fachada”, da “boca para fora”? Como tem sido o nosso relacionamento com Deus, quando as coisas estão de mal a pior, ou em meio a lutas e tempestades morais, emocionais ou espirituais e nas provações diárias? Murmuramos, desesperamos ou estreitamos os laços com o Criador, fazendo dele o nosso escudo e broquel, dele extraindo forças extra-humanas?

O cristão verdadeiro é um testemunho vivo de fé, independentemente do momento vivido, se atravessa o vale da morte, se experimenta o conforto ou a escassez, se goza de plena saúde ou não, pois reconhece que, quem o suporta é o próprio Deus, com a destra da sua direita.

Paulo, na carta aos Filipenses, cap. 4:6 a 13, nos diz ter aprendido a ser feliz em toda e qualquer situação. Sabia estar humilhado como também honrado, que tinha experiência de fartura e de fome, sempre apoiado naquele que o fortalecia, ou seja, os braços de Jesus.

O carcereiro de Filipos viu as cadeias que prendiam o apóstolo Paulo abertas, creu que o pior estava para lhe acontecer. Pegou sua espada para se matar, mas o homem de Deus gritou de dentro da prisão: "Não te faças mal que todos estamos aqui." A fé incerta daquele carcereiro tomou um novo rumo e o levou a perguntar: "Que devo fazer para ser salvo?". A fé que ele não conhecia lhe foi apresentada naquele instante: "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa."

Por isso, temos de ser cristãos de oração, para nos revestirmos do poder e da autoridade espiritual. O reformador João Calvino se referia à oração como sendo a alma da fé e, realmente o é, pois a fé sem a oração e a consequente ação, perde seu vigor.

Se, através de uma avalição pessoal sincera, você reconhece que ainda não tem fé suficiente para viver uma rica experiência com o Pai, peça a Ele que lhe conceda, e receberá uma boa medida, não por merecimento, mas pela suas muitas e infinitas misericórdias.

DEUS SEJA HONRADO, LOUVADO E GLORIFICADO!