QUANDO ANDAREM DIZENDO: PAZ E SEGURANÇA,

O capítulo 9 do livro de Daniel, desde o verso 24 descreve a primeira parte de uma linha de tempo profética de 2300 anos, que se estende desde 456 a.C, até 1844. A parcela em questão, porém, termina no ano 70 de nossa era, quando Jerusalém foi destruída por Tito. Todavia, no final do versículo 26, a profecia estica-se até os dias imediatos a volta de Jesus. Após descrever a história do povo de Israel até que rejeitassem o Messias, a profecia se liga com as tragédias que eles sofreriam, o povo de Daniel, por quem ele suplicava a Deus, motivo pelo qual o anjo Gabriel foi enviado para explicar-lhe essas coisas que ele vira numa visão anterior mais não compreendera. O anjo descreve-lhe as tragédias que se passariam com o povo judeu até o fim, quando Jesus estivesse prestes a voltar. Por isto, no final do versículo 6 ele diz: "e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas".

A parte "e seu fim será como um dilúvio" é profecia específica ao povo de Daniel e refere-se a destruição de Jerusalém em 70, quando o sangue dos judeus escorreu pelas ruas da cidade como num dilúvio. De igual modo, antecipa a tragédia do Holocausto nazista, bem como outras tantas. Já a parte que diz "e até o fim haverá guerra; desolações são determinadas." está mais relacionada com o problema específico dos judeus com os árabes atualmente e aí é que Jesus emenda a uma passagem dele em Mateus 24:15, onde Ele diz: "Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda)".

Embora que esta passagem, por dizer “o abominável da desolação no lugar santo” possa parecer mais referir-se a Jerusalém de 70, ela faz referência a Daniel 9: 26, que indica o fim dos tempos. Jesus ligou com o fim do versículo 26 referindo-se ao mesmo tempo a destruição de Jerusalém em 70, pois disse que o fim seria como num dilúvio, e ao fim do mundo, porque o fim do versículo 26 diz que até o fim haverá guerra com o povo judeu, sendo que antes Jesus falava de Sua volta ao mesmo tempo que da destruição do Templo de Jerusalém.

A passagem de I Tessalonicenses 5:3, que diz: "Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão.", se relaciona com a de Daniel 9: 26 através de Mateus 24: 5, onde Jesus faz alusão a passagem de Daniel quando estava falando do mesmo assunto.

O anjo disse para Daniel que até o fim haveria guerra com o povo dele; Jesus fez referência a esta passagem de Daniel ao falar da Sua vinda, mostrando que o povo de Israel estaria até o fim envolto em guerras; e o apóstolo Paulo mostrou que o grande sinal do urgência da volta de Jesus seria um momento em que Israel e os árabes estariam quase produzindo a paz, mas ele diz que quando isto acontecer e o mundo pousar tranqüilo, "sobrevirá repentina destruição". E este será mesmo o fim, porque a passagem conclui dizendo que "de maneira alguma escaparão".

Observe o relatório de Paris apresentado na semana passada conjugando-se com os outros acontecimentos relacionados com essas passagens.

Claro que existem milhares de outro eventos relacionados, descritos em outras passagens e na própria profecia do 2300 anos, os quais estão bem contemporizados com os acontecimentos atuais. Porém, para nos aprofundarmos nisto, eu precisaria ficar um mês escrevendo.

Portanto, levando em conta que todas as profecias da linha de tempo de 2300 anos se cumpriram a risca, e você, sendo observador dos acontecimentos atuais, bem tem observado se cumprir o que essas passagens descrevem, é bom fazer uma análise mais profunda de suas perguntas sobre os acontecimentos atuais, pois podemos já ter passado do ponto que a frase de I Tessalonicenses 5:3 descreve.

Wilson Amaral

Wilson do Amaral
Enviado por Wilson do Amaral em 07/02/2007
Código do texto: T373113