Reflexão: CONHECENDO O CAMINHO, SEGUINDO UM MAPA, ARRISCANDO UM ATALHO

 


Nada melhor do que a certeza de se conhecer o chão onde se pisa.

Dá-nos uma segurança incrível! Temos a liberdade de ir e vir em toda e qualquer direção. Se, de repente,  algum obstáculo obstrui o nosso caminho, temos decerto algumas alternativas de itinerários que nos conduzem ao destino desejado.

Na última quarta-feira (07/08/2012), enfrentei o maior engarrafamento de trânsito já experimentei em toda a minha vida. Também, por culpa minha, apesar de ter sido alertado por meu filho não marcar qualquer compromisso antes das nove da manhã para evitar o “rush” de Brasília. Pensei que saindo de Valparaíso de Goiás, pelo menos às 06h30min, chegaríamos ao médico antes das 08h00min, ainda com folga, visto que o GPS dava uma estimativa de apenas 27 minutos de percurso. Por mais que fosse a hora do “rush”, certamente chegaríamos bem antes do horário marcado. Ledo engano. Logo ao cruzar o viaduto na saída de Valparaíso, divisa de Goiás - DF, o trânsito foi-se congestionando à incrível marca de 0,5Km por hora e muitos minutos de extensas paradas.

Sempre de olho no relógio, quando vimos que não chegaríamos a tempo ao nosso destino, pedi a minha esposa que ligasse para a clínica, antecipando-me ao atraso para justificar o surgente atraso. Ao longo do percurso, percebi que muitos condutores pegavam vias alternativas para fugir do engarrafamento. Motoqueiros passavam entre os veículos, felizes da vida, pois não tiveram qualquer empecilho para percorrer através os mínimos espaços entre nós. Bom pra eles. Eu havia-me auto imposto jamais aprender andar de moto por saber da gravidade que é dirigir sobre apenas duas rodas. Sinistros podem ser fatais se sobre elas estivermos. Por duas vezes quase perdemos nosso filho em acidente de moto. Quanto aos atalhos para fugir do transtorno daquele quelônico trânsito, preferi não arriscar, pois naquele percurso era seguro, líquido e certo chegar ao local desejado. Não teria o risco de me perder e chegar mais atrasado ainda. Ali, naqueles 180 minutos de paralisia 'transe-única', pude exercitar o fruto paciência, conversar com minha amada e traçar planos para um futuro bem próximo.

É muito importante conhecer bem o local onde dirigimos. Movimentamo-nos com tranqüilidade e segurança tanto para com quem conosco está como para os outros no trânsito. Certamente dirigiremos com direção defensiva, prevendo e evitando acidentes. Se não conhecemos a região onde trafegamos, temos três alternativas: um bom mapa, um bom guia ou um GPS.
  1. Munidos de um mapa recente, bem atualizado, podemos ir e vir em segurança, principalmente com a ajuda de um navegador ao seu lado, aliás, pratica muito utilizada nos ralis.
  2. É de fundamental importância estarmos ladeados por um bom guia que conheça a região como a palma de sua mão. Teremos várias opções de percursos, caso algum imprevisto ocorra durante o deslocamento no trânsito. Muitas vezes, o remédio é esperar ou voltar pra casa.
  3. Guiados por um robô. Nunca imaginei que algum dia em minha vida viesse ser dirigido por um robô. Nesses últimos, esse pequeno aparelho que mais parece uma mini TV ou um visor de câmera digital, tem-me quebrado um grande galho. Mas como todo aparelho eletrônico desse tipo não resiste a raios solares e altas temperaturas, algumas vezes ele se porta meio sem noção, semelhante a pessoas em delírios causados por febre muito alta.
Certo dia, trafegando pela satélite Gama – DF, ocorreu de atravessarmos uma rotatória. Uma instrução simples, mas na realidade meio confusa: “Atravesse a rotatória, pegando a segunda saída”. Fiquei confuso nessa contagem, pois para o GPS, a primeira na realidade estava um pouco antes da rotatória e por isso não entrou em minha contagem. Nessa de “recalcular" etc. voltei à intercessão em círculo para corrigir o meu lapso. Lá me veio o GPS: “Entre na  quinta saída”. Então fiquei feito pião ou tornado, rodando em círculo. Então eu disse! Quer saber? Eu vou por minha própria intuição. Então, tomei a atitude correta, saí de minha insegurança, confiei em mim mesmo e logrei o resultado pretendido.

Quantas e quantas vezes nos vemos em situações embaraçosas e não vemos saída? Como nessas horas desejamos ter um mapa ou um “manual do fabricante” para nos dizer o que devemos ou não fazer em situações de risco ou mesmo de quebra! Se pelo menos tivéssemos um guia para nos conduzir pelo caminho, certamente não nos perderíamos. Quem sabe alguma ajuda do tipo GPS para a vida? Seria muito legal, alguém diria.

O MAPA: Eis uma boa notícia. Todos nós tempos um percurso nesta vida e um destino definido a alcançar. Deus criou o homem para o louvor de Sua glória predestinado a viver uma eternidade em comunhão consigo. E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, p
ara louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça (Efésios 1:5-7). Por isso nos criou à Sua imagem e semelhança, a fim de refletirmos essa glória, Seus atributos e que o mundo O conheça através de nós. A Bíblia, Sua Palavra, é esse mapa. Nela estão contidos todo o roteiro, todas as instruções necessárias para alcançar o seu destino, o que deve, pode ou não fazer. Tudo o que precisamos saber sobre o Caminho a prosseguir, é lá que podemos encontrar.

O GUIA: Como se não bastasse o mapa, O Senhor ainda proveu o Guia mais abalizado, que sabe todas as coisas. Jesus disse que esse Guia nos faria lembrar tudo que Ele havia dito e nos ensinaria tudo o mais que preciso fosse. Ele é também, além de nosso divino consolador, o nosso instrutor. É Ele que nos dá vida espiritual, nos capacita com poder para realizarmos o nosso chamado. É Ele quem nos torna santo com sua presença em nós. É Ele quem derrama em nós o Amor Ágape (Rm 5:5), gera em nós o fruto do Espírito (Gl 5:22), nos conduz ao Caminho, em Verdade, dando-nos Vida, levando-nos, através de Cristo, ao Pai (Jo 14:6).

GPS: São artifícios que se criam com a melhor das intenções para atrair as pessoas ao evangelho. Creio que são feitos com a melhor das intenções. Mas será que são, de fato, indispensáveis para que preguemos evangelho? Não seriam um tipo de muletas para justificar a nossa falta de unção capacitação ou chamado? O GPS é um instrumento mui valioso e tem-me ajudado bastante no trafegar por Brasília e em seu entorno, no Distrito Federal. Mas há momentos que ele se torna inútil. É quando há perda de sinal, quando houver recentes e significativas mudanças topográficas com inclusão de novas vias ou exclusão de retornos ou acessos etc. às vezes é uma instrução de acesso a uma rua inexistente. Com o advento da televisão e novas mídias como a Internet, por exemplo, o acesso a informação está cada vez mais e mais acessível a todos. Mas infelizmente, nem tudo o que ali se posta é de confiável fonte. Ou está incompleta ou está corrupta ou é totalmente espúria. O pior é que as pessoas bebem dessa duvidosa fonte com uma avidez tão grande sem questionar sua veracidade, correndo o risco de se intoxicar espiritualmente. Muitas vezes confiam mais nesse autor virtual, anônimo do que em seu próprio pastor.

Outro dia, quando voltava para Valparaíso, guiado pelo GPS, bem antes do viaduto, o tal aparelho insistia em entrar pelo Céu Azul. Resolvi entrar par ver aonde iria dar. Levou-me por estradas carroçáveis, ruas totalmente esburacadas e de difícil acesso. Minha esposa me recriminava que eu não deveria ter entrado ali etc, mas prossegui e, de repente, quando menos esperávamos, chegamos ao destino programado. É certo que chegamos ao destino, mas nunca mais quis topar a mesma experiência. Foi um atalho desnecessário. Um desvio de caminho que poderia ter-me custado muito caro. Depois fiquei sabendo que atravessei umas das regiões mais periculosas do mundo. Graças a Deus que nada de mal além da poeira nos ocorreu,

Esse é o risco que corremos quando procuramos fazer a obra do Senhor através de artifícios humanistas e modernismos, tornando obsoleto o modelo Bíblico. Este requer compromisso, dedicação, oração e total dependência da unção do Espírito Santo. Aqueles são mais fáceis. Só exigem de nós um pouco de perspicácia e total fidelidade ao método que o resultado é líquido certo. Não se pode nem mudar a sequência nem o método. 

Assim, com a ajudada da neurolinguística, manipulam-se as emoções das pessoas que se sentem quebrantado, não pelo Espírito Santo, mas pelo poder de persuasão do pregador e, sem saber o porquê do seu ato repentino, se entregam ao Senhor, mas nunca de tronam de fato um servo fiel, genuinamente convertido. Sempre haverá áreas de sua vida que jamais deixará ser trabalha e se tornará um problema ou peso morto na obra do Senhor. O apelo de Jesus era muito contundente: “Quem quiser vir a mim, negue-se a si mesmo, tome a cada dia a sua cruz e me siga”. “No mundo tereis aflições...”. Falou das perseguições que seus discípulos sofreriam por amor a Ele.

Não precisamos fantasiar as Boas Novas. O Evangelho de Cristo deve ser genuíno, sem falsificações, mas verdadeiro, onde o sim é sim e o não é não. Devemos pagar o preço da busca, da oração e da total dependência da unção do Espírito Santo do Senhor. Não precisamos de GPS (Guiados Por Sedutores), mas precisamos de Crentes GPES (Guiados Pelo Espírito Santo) para que a obra do Senhor possa acontecer. Sem a unção do Espírito, sem a Sua total dependência todo o nosso trabalho terá sido em vão. Somente palha e feno que não subsistirão ao fogo quando for provada.

 

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 09/08/2012
Reeditado em 16/04/2022
Código do texto: T3821130
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