A Rainha Ester

Ester era uma jovem judia descendente do reino de Judá, órfã é criada pelo seu primo e tutor Mordekai ou Mardoqueu. Ambos viviam na Fortaleza de Susã, capital do reino Pérsia, governado pelo rei Assuero ou Xerxes I; o quinto rei persa, algo em torno de 54 anos da queda da Babilônia. Mardoqueu, era da tribo de Benjamin, conforme a leitura percebe-se que era cativo da Babilônia e depois cativo da Pérsia, atual Irã. E funcionário do palácio do rei Assuero, sobre o comando de Hamã. Segundo homem mais importante de reino - depois do Rei. Após uma insubordinação da rainha Vasti em desobediência ao esposo e rei Assuero, por ordem do rei seus funcionários reais, vão em busca de uma nova rainha, sendo então Ester achada e levada para o palácio para ser preparada para ser apresentada ao rei. Logo quando chega ao palácio se torna a preferida do responsável pela casa. Que lhe dá todas as instruções para se tornar rainha e vemos a partir dai que Ester não tinha só beleza física, mas beleza espiritual, era obediente, honrava o mandamento (honrar pai e mãe. Ex. 20:12) já que a pedido do seu tutor não revelou sua origem. Percebe-se ainda que Ester tivesse um jeito único de se relacionar, pois era sempre bondosa com todos, mesmo quando rainha continuou na observância de seu pai de criação e em nenhum momento visou seus próprios interesses era leal aos princípios de seu povo. Após a coroação de Ester conta-se o texto sagrado que inicia uma grande tribulação não só a rainha, mas a todo o povo judeu por causa da resolução do rei Assuero de exaltar Hamã – agagita, descendência dos reis amalequitas inimigos do povo judeu desde o tempo do rei Saul. Este sabendo da origem de Mardoqueu pediu ao rei que ordenasse a destruição completa do povo judeu por praticar suas próprias leis em detrimento da lei do reino pérsia. Assuero então consente que Hamã faça o que parecer melhor, e este enviam um decreto a todas as províncias que extermine todos os judeus no mesmo dia (a treze do duodécimo mês- mês de adar que conforme pesquisado significa mês de colheita). Ao saber deste decreto, Mardoqueu, rasga suas roupas e se veste de saco em sinal de humilhação e clamor e de igual modo o povo judeu põem a jejuar e a se humilhar, vejo aqui um ato de fé e perseverança, já que voltam para o único que poderia salvá-los Deus. Ester passando algum tempo fica sabendo do ocorrido mais ainda relutante em tomar atitudes, apenas quando o primo, lhe informa que sua missão de salvar o povo judeu lhe era atribuído, porém ela tinha o poder de escolha, mas com certeza não sairia ilesa por estar na casa do rei, ele acreditava na promessa da aliança que Deus fizera com seu povo de lhes dar livramento. Vejo aqui que Ester já estava acomodada ao conforto e a mordomia do palácio. Já que demorou em perceber e fazer alguma coisa para ajudar o seu povo. Mas a obediência e a fé, prevaleceu novamente e a rainha após jejuar por três dias juntamente com sua criadagem e seu povo, vai ao encontro do rei que não só a aceita, estendendo o cetro a ela (a representação do cetro significava a providencia e graça de Deus).mas lhe oferta a metade do reino. Vejo aqui uma mulher de grande sabedoria e coragem, uma vez, que era por costume procurar pelo rei apenas quando ele convocasse, mas ela , entrou em consagração a Deus com jejum e oração, usou de prudência, discrição não foi de qualquer jeito mas se preocupou com sua aparência diante do rei, usou de cautela ao recusar a oferta de metade do reino, e conhecedora do seu papel de rainha num pais onde havia um decreto que todo homem é senhor da sua casa. (Et. 1.22) demonstrou ao rei sua total obediência a sua autoridade, ao pedir apenas um banquete tendo como convidado Hamã. Vejo ainda a paciência, auto domínio e confiança em Deus, no seu poder de resolver tudo na nossa vida. Tendo eminente a destruição do seu povo esperou o agir de Deus, que através do Espírito Santo providenciou a insônia do rei que lendo o livro de crônicas honrou Mardoqueu pelo livramento da morte do rei. Vejo ainda que Ester soube esperar pelo tempo certo para denunciar Hamã, que ao contrário dele achou-se em precipitação ao sugerir honrarias pensando se tratar dele mesmo. Mas após o enforcamento de Hamã, a situação do povo judeu ainda era de destruição já que as leis naquele país não permitia ser revogada, e mais uma vez Ester arrisca sua vida e pede ao rei que salva seu povo, o qual não tem como revogar a lei, mas permite a criação de um novo decreto ( o qual, foi escrito e enviado para todas as províncias a pedido de Mardoqueu que não só recebeu de Deus o livramento da morte, mas foi honrado pelo rei) e com este decreto o povo judeu teve a oportunidade de lutar pela própria vida e com uma vantagem porque já tinha a identificação dos seus inimigos, (a lei anterior permitiu esta identificação) pois quem estava contra os judeus, apenas esperavam a data para a exterminação. E chegando o dia fatídico ( dia treze do mês de adar; no dia catorze, descansaram e o fizeram dia de banquetes e de alegrias (Ester. 9-17). E partir de então foi instituído a festa do Purim para a lembrança do povo de Israel e a todos os judeus pelo mundo a vitória da rainha Ester sobre Hamã.

Diva Cardoso
Enviado por Diva Cardoso em 08/05/2014
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