Enfoque Cristão do Mito da Caverna

O Mito da Caverna é uma alegoria narrada através de um diálogo entre Sócrates com Glauco e Adimato. Foi escrito por Platão no livro “A República.

O meu propósito é fazer um paralelo entre as verdades contidas na alegoria da caverna e aquilo que é proposto por Cristo nos Evangelhos.

Façamos então um breve relato do Mito da Caverna.

Imaginemos que dentro de uma caverna vivam pessoas acorrentadas, e no fundo da caverna sejam refletidas imagens de seres inanimados que estão entre os homens e a luz que vem da entrada da caverna. Para essas pessoas que estão escravizadas a realidade será essas sombras que estão na paredes. Imaginemos que de repente um dos escravos foge e sobe a rampa chegando a entrada da caverna. Inicialmente ele é impactado com a claridade da luz, demorando um certo tempo pra adaptar seus olhos àquela luz, mas aos poucos ele vai observando a verdadeira realidade, passa a observar o sol, as montanhas, as pessoas que ali residem. Só que ele fica tão impactado com aquele cenário tão belo, que lembra dos seus amigos que estão escravizados e volta pra anunciar-lhes as boas novas. Para sua surpresa, ele observa que os seus antigos colegas acham que ele estar doido, vendo dessa forma que fora em vão o esforço pra anunciar a verdadeira realidade para os seus patrícios. E mais constrangedor é saber que se forçar essa situação ele corre o risco de ser morto.

Observamos também que o escravo que teve contato com a luz é aquela alma que cansou de viver no mundo das sombras e tentou se elevar até conhecer o mundo das ideias, real e imaginário.

A caverna simboliza aquele mundo das sombras, das aparências, da escravidão.

Fora da caverna seria o mundo real de fato, o mundo perfeito.

No evangelho de João Jesus faz algumas afirmativas: “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”, “quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, por que feitas em Deus”, “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário terá a luz da vida”, “Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou”

Eu poderia citar inúmeros versículos, mas esses quatros serão suficientes pra que eu possa fazer a minha afirmação do enfoque cristão a luz do Mito da Caverna.

Podemos afirmar que o mundo da caverna, que é mundo das sombras, é também o mundo das aparências onde as pessoas ao longo de suas vidas, constroem-nas em verdades relativas, tradições, suposições, inflexíveis na sua visão do mundo e com isso perdem a oportunidade de conhecerem o mundo real, imaginário, das ideias que seria o mundo perfeito. Dessa forma elas acabam levando uma vida escravizada devido a indisposição, incredulidade e devido ao conformismo da não renovação das vossas mentes. Esse também seria o mundo do pecado, do egoísmo, da marginalidade, da corrupção, dos idealistas da “Lei de Gérson” que gostam de levar vantagem em tudo, independente que isso possa prejudicar quem quer que seja.

Aquele escravo que fugiu e conheceu o mundo exterior, pode ser considerado aquela pessoa que não aceita as coisas simplesmente da forma que são passadas, mas procura saber a verdadeira motivação das coisas. Ou aquele que inconformado com sua situação, sua escravidão resolveu buscar a verdade, que no Cristianismo, essa verdade é absoluta e é encontrada em Cristo Jesus. Foi o próprio Jesus que vivendo uma vida plena sem pecado, alcançou total comunhão com Deus, sendo o portador de boas novas que veio para os que eram seus, mas os mesmos o rejeitaram, ao ponto que não satisfeito com tamanha rejeição ainda tiveram a monstruosidade de crucificarem numa cruz.

O mundo exterior que segundo Platão seria o mundo ideal, imaginário, mais que perfeito, podemos dizer que é o Reino de Deus que é apresentado por Cristo, sem mácula, sem maldade, sem corrupção. A luz do mundo exterior é simbolizada por Jesus Cristo.

Com isso quero deixar bem claro que esse mundo perfeito encontraremos apenas em Deus e que através do seu filho Jesus Cristo podemos ser libertos desse mundo da escravidão e das sombras.

Espero que esse enfoque que fiz sirva de alguma valia para as pessoas que vierem a ler essa narrativa.

Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 14/07/2016
Reeditado em 06/08/2020
Código do texto: T5697138
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