Somos todos invocadores

Você ora enquanto eu conjuro.

Você chama de dizimo, eu digo oferenda.

Você faz ofertas e eu sacrifícios.

Você condena os maus ao reino das tormentas e eu amaldiçoo seus destinos.

Você abençoa, eu faço círculos de proteção.

Você tem um terço e o crucifixo, eu seguro um cajado e meu talismã.

Suas histórias falam de anjos e meus cânticos definem os elementais.

Você se reúne em templos e eu ajoelho em altares.

Você faz sinais da cruz e eu selos de um tempo ancestral.

Você chama de fé o que eu chamo de magia.

Agora eu explico o que você não entendeu ainda:

Usamos nomes diferentes para fazer invocações. Acreditamos que nossas ações são vistas e compreedidas por entidades capazes de mudar a realidade através de sua vontade e energia.

Nossas crenças não nascem do nome que as concedemos, mas nosso preconceito sim. Respeito é essencial até porque; no fundo, se comparar com inteligência; nós somos todos iguais.