VÉUS DA NOITE

Toda madrugada é uma colina branca

Que se perde em nossos ollhos

Toda manhã traz certezas claras e inúties

A noite é mistério que não se desvenda

Mormente, quando fechamos as janelas

E permanecemos no escuro, no lado de dentro

Onde ficamos trancafiados com nossos medos

Frente a frente com os velhos erros

Sem que nenhuma desculpa nos salve.

Neste momento...

Em que as dores antigas nos revisitam

E o vinho não faz mais efeito

Sabemos que o curso do rio da tristeza

Não mais pode ser alterado...

Então nos recolhemos,

Sozinhos ao castelo

Em que habitam nossos sonhos

Tiramos da parede de cortiça

As borboletas do alfinete

E as colocamos no parapeito das janelas

Esperando ingenuamente,

Que voem.

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 24/05/2015
Reeditado em 28/10/2017
Código do texto: T5252997
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