Ninfa, Fada & Poetiza (set/2013)

Ela quer achar na poesia

O que só o tempo fazia

O que só a distância dará...

Ela quer a cura da dor de amar

Mãos trêmulas e magras

Escrevendo poesia amarga

Versos vêm e vão na madrugada

Assombrando a pobre mal amada

Um consolo passageiro

Para o fim do amor verdadeiro

Uma dor que parece eterna

Naquelas poesias se liberta!

Olhando para ela eu me vejo

Tenho pena, mas invejo...

Eu também rastejava em poético lamaçal

Porém voava numa realidade transcendental

O alívio das palavras não dura

Só o tempo oferece a cura

Ele cura qualquer chaga ou ferida

Até dor de amor pela pessoa querida

Nem todas as lágrimas do mundo

Limparão aquele sentimento imundo

Nem todas as poesias que ela escrever

Impedirão essa Ninfa de fenecer

Ninfa, sacrificada aos deuses, virou abelhas

Renasceu como Fada na poesia vermelha

Poetiza, nunca esquecerei seu nome!

Você reverbera no meu coração, nunca some!