Minha intimidade assaltada

Na caneta confidente

corre tinta e alma

Deixo-me aos poucos

empoçado em palavras

Precipito-me lascivo nas lapelas

E as moças sinceras leem-me

Conhecem-me, invadem-me

E vivo por cada invasão

Nesse momento flagrado

Por tantas consciências

meu viés de incoerência

se preserva nos rabiscos

a giz

Esta é a minha prenda

fortuito deveras

egrégio por vez

a risível megera

ou o poeta ?

talvez

Victor Leonardo
Enviado por Victor Leonardo em 21/03/2016
Reeditado em 02/08/2016
Código do texto: T5580596
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