A Viagem do Verso Livre

Meus versos livres voaram

Pela parede invisível

Simplesmente escoaram

Que situação sofrível!

Rasguei o papel

Rabisquei tudo.

Acho até que a imaginação

Padeceu sob a boa vontade.

Talvez esteja retornando

Espero não rasgar mais nada.

A liberdade textual é risco

total: perdição ou perdimento.

Não é mero rabisco

ou rasura. É desencadeamento.

As vezes penso tão estranho

Como se estivesse em colapso

Num compasso tão desnorteado

Que a ideia não sofre ganho

Nem perda. Cérebro relapso...

E mais um rasgo. Atraso

mero. O contexto fica raso.

De novo ao papel.

É mais que um mero teste

As frases se formam à toa

A emanação dos efeitos

A expurgação dos defeitos

A estrofe encanta e ecoa

im.perfeita. É algo que preste.

- A pausa que gera silêncio -

É a criação

Uma construção

Feita de sentimentos

- O silêncio quebra o silêncio -

Desfeita em momentos

Não há obstrução

Lapso de imaginação.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 25/04/2016
Código do texto: T5615435
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