Sem Enredo
Sem enredo.
Delasnieve Daspet
.
Poema que me aguarda
Estou chegando. Sem alvoroço.
Venho cansada.
Tiro da profundeza do meu ser
A tristura que trouxe a reboque.
Chego tão passada que nem percebo
Já ter cruzado a linha de chegada,
Solitária. Iludida. Um poeta.
E a poesia, entra pela janela.
Uma penetra de olhar grande,
Mãos pequenas.
Um anjo torto. Assustado.
Sem liras ou bandolins.
Som seco. Sem enredo.
13.02.22