Dois jovens amantes em idílio: uma maravilha.
Beleza, saúde, identidade de pontos de vista, e, mais ainda, identidade quanto ao conceito do dom de si mesmo.
Esperam o momento em que serão uma só coisa, esperam a união como sinal de vitória e de superação de si mesmos.
Acidente de trânsito numa manhã de nevoeiro intenso: o carro despenca serra abaixo e a gasolina em chamas ataca o corpo da jovem. Corpo lindo, perfeito, escultural...
Quando ele consegue tirá-la de dentro dos ferros contorcidos, terá para sempre o seu amor desfeito na beleza do corpo, doravante acabrunhado pela enfermidade permanente.
-Vai casar comigo assim mesmo?
-Sim, caso porque vi em você alguma coisa que está além do seu corpo.
Compreendem, então, o envolvimento do amor nu; o amor que faz-se amar!