Tinha momentos em que deliciava-se com a idéia de que os livros podiam falar, ganhar vida e autonomia.
Então compreendia o seu amor por aquelas estantes, graças as quais agora vivia e daqueles livros dos quais obtivera ao longo dos anos uma felicidade diferente de todas as outras modalidades possíveis de felicidade.
Ler era uma das coisas mais importantes da sua vida, da qual cada vez restavam menos coisas importantes, e começou a contabilizá-las: a amizade, o café, o cigarro, o vinho, de vez em quando fazer amor ora ao por ora ao nascer do sol...