O próximo passo.

Era preciso coragem, ela sabia.

Frágil e ereta na rua ensolarada dos dias quentes e vazios de gentes, ela olhava adiante.

O cérebro comandava os sentidos. Vá, dizia ele, caminha!

Ainda assim, permanecia imóvel. A imobilidade do medo ancestral.

O coração dizia, volte, é tão simples voltar...

Na frente um futuro incerto. Atrás o passado, velho conhecido, ainda que na ingenuidade da mulher toscamente concebido...

Os pés titubeantes levaram o corpo adiante.

Como sombra o passado foi atrás...

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 08/06/2011
Código do texto: T3022499
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