Tinha dois vícios: fumar e tomar umas canjebrinas.
No dia em que sentiu o braço formigando, o médico falou na lata: “o senhor teve um piripaque; ou larga a cachaça e o cigarro ou sinhá fica viúva”.
A bem da verdade, nos primeiros dias andou tendo sonhos eróticos com garrafas com feição de donzelas e copos com cintura fina e seios vertendo leite de alambique.
Com extrema pena de si próprio isolou-se da turminha pé-inchado do bar e para aumentar o suplício, um horror de holocausto, comprou um maço do cigarro preferido, colocou-o no oratório do quarto, e de joelhos rezava durante 35 minutos de hora em hora.
O pavor de novo formigamento fez que aprimorasse o relacionamento com a sinhá dando mais de umazinha por dia... Satisfação que a birita não lhe trazia.