Pobre menina

Pobre menina. Em frente à tevê não percebia sua infância sugada. Os pais inertes à mesa. Somente sonhavam. Nunca haviam sofrido tanto, por suas dores e pelas de outros. Pensavam quanto dinheiro na mão de poucos e em nossos bolsos as migalhas deixadas pelo sufoco de um mês inteiro de trabalhar. A barriga roncava, a menina sentia-se feliz. Para dormir um copo de água doce e um pão surrado deixado por seus pais. Um beijo na testa da pobrezinha, um boa noite. Sonhe com os anjos. Amanhã é um novo dia!