Sobre uma cela

E ali eu estava, presa numa cela castanho escura.

As coisas não faziam sentido ali, elas sufocavam e se moviam de forma que indecifravam mais ainda tudo ao redor.

Pensando, encarando-a, senti a cela se tornar apenas uma ilha vagando no meio do nada. O nada mais puro de todos, que não era nem branco, nem preto, nem transparente. Só o inexistente.

Quis me aproximar, quis fugir e já estava a ponto de morrer sem ar quando dei um passo a trás e vi.

Eram os seus olhos.

emilylibanio
Enviado por emilylibanio em 30/05/2013
Reeditado em 30/05/2013
Código do texto: T4316893
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