O triste destino de Armando

A rua estava lotada. Todos os olhares direcionados para cima daquele prédio, onde parecia que tinha alguém ameaçando se jogar. Ouvia-se várias vozes falando simultaneamente, além de várias câmeras da TV e repórteres de plantão.

O dia estava ensolarado, e sem uma nuvem sequer no céu. Aquele com certeza era um dia bonito demais para acontecer uma tragédia.

Armando era um bonito rapaz, de 27 anos de idade. Estava ali porque descobrira que sua noiva tinha um caso com o próprio irmão.

“Uma Filha da Puta traidora!” Pensou. “Como ela pôde?!”

Armando ouvia vozes dentro da sua cabeça. Ouvia de longe a voz de alguém lá embaixo dizendo pra ele não fazer isso. Ouvia a doce voz dela dizendo que o ama.

Lembrou-se da mãe dizendo-lhe que o suicídio é imperdoável por Deus. Não queria fazer aquilo. Não iria ter coragem. Ou iria? Sua cabeça estava a ponto de explodir.

Foi então que avistou de longe uma viatura da polícia se aproximando. Desesperou-se. Aproximou-se da ponta, e subiu no pequeno batente à sua frente. Uma lágrima percorreu o seu rosto.

“Desculpe...” Foi a última coisa que conseguiu falar antes de jogar aquela moça desmaiada dezoito andares abaixo.