Conto dos Irmãos

-Ensinamento está na humildade de colher o que plantou, não no castigo dos espinhos semeados-
 
Quantas vezes vemos pessoas pequenas de alma e de moral e pensamos que se fossem castigadas mudariam, se ficassem frente a frente com a morte mudariam... Mas o homem quando se é mau, pode perder todos os membros de seu corpo, ele vai continuar mau, pois ainda seu coração vai estar ali batendo com o ácido de sua crueldade...
Certa vez, sem que merecesse um homem foi posto em jugamento, sua acusação “inteligência suprema, a casa que deu para a mãe e a vida dedicada para a escrita, sendo que isso moeda alguma lhe trazia e nem reconhecimento”
Argumentos do promotor “Você não é nada, é um lixo”
Ato do promotor “ esmurrou com sua mão e braço direito as paredes da casa do réu que sequer defesa tinha, dizendo que foi uma conquista a custo de conjunção carnal adultera”
Naquele dia, o réu foi humilhado, machucado e agredido em sua dignidade humana pelo promotor que babava ódio e repugnância, que deixava claro ser movido por uma inveja que nem ele mesmo estava consciente dela.
Quando a palavra foi dada ao réu...O réu, ferido, disse que nem diante da sombra da morte ergueria seus olhos para olhar os olhos do promotor, que não mais deixaria uma palavra de benção ou maldição escapar de sua boca referente a ele. Assim fez o réu, mas em seu coração o réu havia perdoado, e sofria em silêncio o veneno de cada ofensa, até que o réu um dia abraçou o promotor depois que este lhe ofereceu a mão em saudação...Como se nada houvesse acontecido...
Passado um tempo o promotor esteve de frente a morte, esqueceu que no julgamento que ele promoveu havia um juiz, e que este juiz fora evocado, e a mesma mão e braço que bateram na parede do réu, enquanto o promotor desferia suas ofensas, foi literalmente dilacerado, mas a vida foi poupada. Será que a face da morte mudou o coração daquele inflexível promotor?
O juiz nunca te ofertará uvas tiradas de um pé de espinhos que você mesmo plantou, a vida ensina, e mesmo que o réu fique com fama de feiticeiro, o Juiz era Javé, e hoje o réu pede que ele não sentencie, pois mais uma vez o promotor fez de seu próprio irmão réu de seus torpes julgamentos... Apenas roga o réu a javé que deite em meu colo o seu cansaço e que o deixe acariciar seus eons de poder, e que possam chorar um no ombro do outro o desperdício do sangue de seu filho que padeceu na cruz, que juntos possam perdoar os irmãos ingratos e invejosos... Que juntos possam sorver o mel dos lábios do Cristo que não veio ensinar somente os homens o que é amor, mas ensinar também ao próprio cCriador o que é amar...
-E eu creio, pela Lua que me apadrinha e pelo o sol que me tutela, que serei vitorioso na terra de minhas aflições e que um dia, independente se comigo dividiram o útero da madre, todos me serão de fato irmãos!-

Thoreserc
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 16/11/2013
Reeditado em 16/11/2013
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