CONTO QUASE MÍNIMO 005

A guerra estava travada. Napoleão conversara com Pio VII que levara alguns bispos. Hitler e o exército trajavam preto, para dar brilho à suástica vermelha estampada na cabeça do ditador, e atacavam pesado a cavalaria bem armada

de Bonaparte. A simbologia da guerra era bem mais forte e brusca do que suas mentes articuladoras. O exército francês vestia branco. O pequeno rei era escravocrata e preconceituoso até a última cor de seus trajes. Führer optara ser ditador, em vez de rei. Protegia sua dama, amada, mais que seus próprios peões de batalha. O rei francês derrubara a igreja alemã com um golpe amoroso, o arcebispo germânico apaixonara-se pela rainha. Pólvora e fogo destruíram os muros e torres, a artilharia caíra, e a disputa bem articulada por mestres da morte ganhava

ares aterrorizantes e desesperadores. O inglês que assistia a batalha tinha calafrios e já não sabia como e a favor de quem se manifestar. Só quando a riqueza fora comida, e a artilharia estava escassa para ambos, que o final era palpável. Por

psicose de gênios, não houve vencedor. Hitler ordenou que um dos soldados matasse sua rainha e logo após suicidou-se. Bonaparte, ao mesmo tempo, por miséria do destino, jogou-se de uma de suas torres. Encontrara a grandeza na morte. O inglês gritou atônito a desgraça do destino. Perdera o chá da tarde assistindo a uma partida, longa, de xadrez para não ter vencedor? Frustrado, roubou um navio da corte e sumiu no mar. Logo após, lutou no tabuleiro com índios norte-americanos. Antes de ensinar as regras, já tinha matado o cacique, criado a moeda e estava vendendo madeira e pedaço de terra para os nativos.