Excita(ação)

_ Esse vinho está magnífico.

_ Pois é, valeu muito à pena te trazer aqui.

_ E como, estava precisando de uma noite dessa.

_ Obrigado por aceitar meu convite.

_ O prazer é todo meu.

Nesse exato momento, ela tocou seu pé em minha perna. Não tinha como não ficar excitado, ainda mais para um cara como eu. Meu desejo era só um, sair dali e levá-la para o motel mais próximo. Mas eu não podia sugerir isso, pelo menos não naquele momento, podia assustá-la. Nessas horas, a melhor coisa a fazer era me controlar e esperar que ela mesma tivesse a ideia.

_ E esse olhar? – ela falou, me olhando do mesmo jeito. Dei um sorriso de canto de boca e respondi.

_ Você sabe o que significa esse olhar.

_ É o mesmo que você me deu quando nos conhecemos. Me senti despida naquele dia, sabia?

_ Era o que eu queria fazer.

_ Era o que eu queria fazer.

_ E o que faltou?

_ Você sabe que eu não podia, namorava o Carlos naquela época.

_ Isso não foi problema depois.

_ É. Mas eu terminei com ele justamente por isso.

_ Quer dizer que eu fui a causa do fim do seu relacionamento? – merda, falar de relacionamentos passados nunca é bom nesses momentos.

_ Foram vários motivos, ter ficado com você foi um deles.

Ela tocou a minha mão, pude sentir o arrepio passar por todo meu corpo. Não podia mais esperar.

_ Quer pedir a conta? – falei meio sem graça.

_ Estava esperando apenas você pedir.

Nos pegamos no estacionamento do restaurante, encostados no carro. Levantei sua perna para poder chegar mais do seu corpo, minha mão estava em seu seio e eu já me preparava para abrir o zíper, quando ela parou.

_ Não, aqui não.

Naquele primeiro momento, uma piscina de água fria caiu sobre minha cabeça, mas logo entramos no meu carro e fomos para um motel que ficava há quinze minutos dali.

_ Uma Suite Master, por favor.

_ Senhor, nos desculpe, mas todos os quartos estão ocupados.

_ Todos?

_ Sim, nas sextas-feiras é raro conseguir uma vaga sem reserva. Desculpe-nos.

_ Sabe onde tem outro Motel por aqui?

_ Acredito que o senhor vá encontrar na Via Costeira.

_ Obrigado.

Não perdemos tempo.

Quase batemos o carro quando ultrapassamos o sinal vermelho. Sua calcinha se fora há dois quarteirões, minha mão estava entre suas pernas e toda atenção se dividia entre o trânsito e a masturbação. Já não conseguíamos esperar, entramos em um descampado que tinha há uns trezentos metros de um posto policial e no calor do momento...fizemos daquele carro, nosso quarto de motel.

Gonzaga Neto
Enviado por Gonzaga Neto em 09/12/2014
Reeditado em 09/12/2014
Código do texto: T5063911
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