O DESENGRAVATADO

Constantino, sempre de terno e gravata, um próspero homem de negócios,compenetrado ao extremo,jamais se apaixonou.Certo dia, quando um infarto lhe rondou, afrouxou o nó da gravata, desfez-se do paletó, arregaçou os punhos da camisa social e arrancou-lhe os botões – um a um. Recuperou-se. A partir de então, passou a se entregar, perdidamente, à primeira declaração que escutasse!... – e nunca mais se engravatou.