A ÚLTIMA SERENATA

Na busca desesperada da primeira namorada, Fulgêncio fugiu do asilo em que seus filhos o internaram. Acorcundado, com um velho violão debaixo do braço, sem ao certo saber o peso da idade, Fulgêncio partiu à cata do único rosto de mulher que, de memória, havia guardado. Do romantismo, foi-se a paisagem!... Janelas, hoje, cada vez mais altas, brotam em sacadas que mais e mais se parecem com miniaturas de caixas de fósforos.

(miniconto de Djalma Filho)

Rua Euclydes da Cunha, setembro de 2020.

(miniconto criado no oitavo andar do Edifício Wimbledon)

Deja Filho
Enviado por Deja Filho em 11/04/2021
Código do texto: T7229452
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